Heraldo de Madrid - Homenagem comovente às vítimas da tragédia na boate dominicana

Na madrugada de 8 de abril, a ilha turística de 11 milhões de habitantes acordou com a notícia da pior tragédia já vista em um país onde o beisebol e o merengue (um gênero de dança) são praticamente uma religião.

O colapso da boate Jet Set ocorreu quando a estrela do merengue Rubby Pérez, nascido há 69 anos em Haina, cantava. Ele está entre as vítimas, que incluem uma governadora e dois ex-jogadores da Major League.

Os organizadores da cerimônia colocaram um laço preto nas camisetas dos participantes, quase todos vestidos de preto ou branco.

"Cerimônia em memória dos filhos da nossa província", diz um cartaz colocado no palco do centro esportivo de Haina, localizada a cerca de 16 quilômetros de Santo Domingo.

Ana Peguero, de 36 anos, perdeu o pai, que tinha ido visitar seu amigo de infância Rubby Pérez e comemorar seu 70º aniversário. Sua madrasta também morreu.

"Foi muito difícil, muito desastroso, muito triste, muito doloroso, realmente", lamenta.

Peguero lembra de estar com seu pai em uma apresentação de Pérez em julho passado. "Eles eram bons amigos; cresceram juntos e, sempre que ele tinha oportunidade, íamos vê-lo", diz ela.

Em duas telas de LED onde são compartilhadas fotos e nomes dos mortos, os parentes das vítimas e alguns sobreviventes seguram rosas brancas, e no centro há uma oferenda de flores brancas.

"Estamos com dor, estamos tristes, mas te amamos, Deus", diz um pastor. "Ajuda-nos, Senhor, a poder seguir em frente", clama o religioso.

Este domingo marca o fim dos seis dias de luto nacional decretados pelo governo, que prometeu buscar respostas sobre o ocorrido.

K.Sosa--HdM